“GRANDES DEBATES” ABORDA O TEMA “CEARÁ REGISTRA BAIXA CONTAMINAÇÃO DE DENGUE: COMO PREVENIR PARA O FUTURO”

Enquanto o país enfrenta um cenário preocupante em relação à dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o Ceará se destaca pelos baixos índices da enfermidade. Especialistas em saúde explicam os motivos e ressaltam a importância de manter as medidas de prevenção para evitar a proliferação desse vetor. “Ceará registra baixa contaminação de dengue: como prevenir para o futuro” é o tema do Projeto “Grandes Debates” deste mês de março.

Os convidados são o Dr. Keny Colares, consultor de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública do Ceará, o Dr. Antonio Silva Lima Neto, secretário executivo de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Estado e o deputado estadual Alysson Aguiar, vice-presidente da Comissão de Previdência e Saúde da Assembleia Legislativa.

O “Grandes Debates” será exibido nesta terça-feira, 26 de março, às 21h, pela TV Assembleia, Rádio Assembleia e redes sociais da casa, com mediação do jornalista Ruy Lima. A coordenação do projeto “Grandes Debates” é do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos.

Atualmente no Brasil, são mais de 2 milhòes de casos de dengue neste ano. Segundo os dados do Ministério da Saúde, que reúne casos prováveis e confirmados, o país registrou 2.01 milhões de casos nas primeiras 11 semanas de 2024. O número de mortes confirmadas passa de 680.

No entanto, o Ceará tem ido na “contramão” do cenário visto nacionalmente. Segundo especialistas e gestores, a convivência histórica do estado com a doença, o fato de ter uma menor parcela da população suscetível aos sorotipos em circulação no país e o início tardio da quadra chuvosa são alguns motivos que explicam a baixa incidência da doença no início deste ano.  

O que é essencial saber sobre a dengue:

  • O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado e possui quatro sorotipos diferentes – todos podem causar as diferentes formas da doença;
  • Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte;
  • Os principais sintomas são: febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas;
  • A dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, é mais comum quando a pessoa contrai o vírus pela segunda vez;
  • Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento;
  • Como evitar a dengue? O mais importante é não deixar água parada e acumulando por aí: o mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d’água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.

Os convidados são:

Alysson Aguiar – Deputado estadual, vice-presidente da Comissão de Previdência e Saúde, coordena a Sala do Empreendedor e é membro das comissões de Fiscalização e Controle, Direitos Humanos e Cidadania. Graduado em Farmácia e pós-graduado em Prescrição Farmacêutica. Uma de suas prioridades como deputado é lutar por melhorias na área da saúde, sua área de conhecimento e uma das maiores necessidades do povo cearense, principalmente no desenvolvimento da Região da Ibiapaba.

Keny Colares – Médico formado pela Universidade Federal do Ceará. Mestre e doutor em ciência médicas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que possui dos principais núcleos de doenças infecciosas do país, com ênfase em virologia. Professor e consultor pesquisador do programa de pós graduação da Unifor e consultor da Escola de saúde pública do Ceará.

Antonio Silva Lima Neto (Tanta) – Secretário Executivo de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Estado. Médico graduado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com Residência em Medicina Preventiva e Social pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). É mestre em Epidemiologia Ambiental e Políticas pela London School of Hygiene and Tropical Medicine (University of London), doutor em Saúde Coletiva pela Universide Estadual do Ceará (Uece) e pós-doutor pela Harvard T.H. Chan School of Public Health. Também professor adjunto do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor), soma experiências profissionais e acadêmicas nas áreas de Vigilância Epidemiológica e Doenças Infecciosas. Concentra interesses de pesquisa nos campos de Epidemiologia, Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis.

Com previsão de safra menor, produtores enfrentam o desafio de maximizar a qualidade de grãos

Uma das recomendações é fazer o monitoramento constante, antes e pós-colheita, com especial atenção à umidade dos grãos

Com a perspectiva de uma safra de grãos 7,6%  menor do que a anterior, os produtores enfrentam o desafio de maximizar a qualidade e a quantidade dos grãos colhidos. Em meio a essa preocupação, o monitoramento cuidadoso da colheita se faz necessário, com especial atenção à umidade dos grãos. Manter os grãos com umidade adequada e em condições ideais é fundamental para preservar sua qualidade e evitar prejuízos.

A última estimativa da Conab, para a safra 2023/24, indica um volume de produção de 295,6 milhões de toneladas, 7,6% ou 24,2 milhões de toneladas abaixo do obtido em 2022/23. Desde o início desta safra, as condições climáticas foram desfavoráveis nas principais regiões produtoras (Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba), especialmente para a cultura da soja, principal produto cultivado no período.

Diante da projeção menor, o monitoramento constante da safra emerge como o primeiro e mais importante passo nesse processo. É necessário dar uma atenção especial à umidade dos grãos, pois este fator desempenha um papel fundamental no momento do armazenamento. “Grãos excessivamente úmidos estão mais propensos à deterioração, comprometendo sua qualidade e reduzindo significativamente seu valor comercial”, afirma o engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da Loc Solution, empresa detentora da marca Motomco de medidores de umidade de grãos.

O teor médio de umidade da soja e do milho deve ser entre 12% e 14%. Se a umidade ficar acima dessa média ideal, o armazém vai pagar um valor menor pela carga. O cálculo varia de armazém para armazém, a depender do valor de correção estipulado pelo comprador.

Smolareck recomenda ao produtor fazer várias coletas de grãos antes da colheita, de vários pontos do talhão, para garantir um resultado mais preciso.

“Isso porque a  umidade traz impacto direto na qualidade e na conservação durante o armazenamento. Além de que a alta umidade significa também grãos avariados. “Em alguns casos, os avariados  são os grãos queimados, ardidos, mofados, fermentados e germinados”, explica Smolareck, especialista em classificação de grãos.

O diretor da Loc Solution/Motomco, Gedor Vieira,  observa que a classificação de grãos, em especial no que diz respeito à umidade,  resulta em uma maior eficiência na cadeia de produção e armazenamento de grãos, beneficiando tanto os produtores quanto os consumidores finais.

Além disso, ao adotar tecnologias avançadas e conectadas, como a integração com a nuvem e a atualização remota dos equipamentos, a Loc Solution demonstra um compromisso com a inovação contínua e a adaptação às demandas do mercado agrícola em constante evolução.

Segundo Gedor Vieira, os medidores de umidade automatizados são ferramentas essenciais no gerenciamento de silos agrícolas, pois permitem um controle preciso sobre as condições de armazenamento dos grãos. Com a capacidade de monitorar constantemente a umidade e armazenar esses dados na nuvem, os operadores podem tomar decisões informadas sobre onde descarregar novas cargas de grãos, garantindo que sejam armazenadas nas condições ideais.

“Isso não só melhora a eficiência da distribuição dos grãos entre os silos, mas também ajuda a manter a qualidade do produto, evitando perdas causadas por condições inadequadas de armazenamento”, afirma Gedor, acrescentando que a  tecnologia de automação em silos representa um avanço significativo na agricultura moderna, otimizando as operações e contribuindo para uma gestão mais inteligente dos recursos.

Ao oferecer soluções que permitem o controle preciso da umidade dos grãos e a otimização do armazenamento, a empresa não apenas contribui para a melhoria dos processos agrícolas, mas também promove a sustentabilidade e a rentabilidade dos negócios agrícolas. “Essa abordagem alinhada com as tendências do Agro 5.0 posiciona a Loc Solution/Motomco como uma líder no setor, impulsionando o sucesso de toda a cadeia produtiva de grãos”, enfatiza o gerente.

Sobre a Loc Solution –  A Loc Solution é uma empresa com sede em Curitiba (PR), detentora da marca Motomco de medidores de umidade de grãos. A empresa fabrica, comercializa e loca os equipamentos, sendo referência em várias regiões agrícolas do País. De origem canadense, a marca Motomco é líder nacional no segmento de medidores de umidade de grãos. Mais informações motomco.com.br

Fotos: Divulgação