Inscrições abertas para o concurso que elege o melhor restaurante a quilo do Brasil

As inscrições para a 9ª edição do concurso O Quilo é Nosso, que elege o melhor restaurante a quilo do Brasil, já estão abertas. Realizado pela Abrasel em parceria com o Mundo Mesa, o concurso deste ano traz o tema “Comer e votar: é só começar” e convida o público a celebrar um modelo de negócio com raízes brasileiras. Os interessados podem inscrever seus estabelecimentos no site oficial até o dia 21 de agosto.

A competição acontece em três etapas. Na primeira fase, de 16 a 26 de setembro, os restaurantes inscritos serão avaliados pelo público e por um júri técnico local. Os vencedores regionais seguem para a etapa estadual, entre 1º e 10 de outubro, onde um júri especializado escolhe os representantes de cada estado para a grande final nacional. Os melhores do país disputarão o título durante o evento Mesa ao Vivo São Paulo, realizado na capital paulista, em data a ser definida.

Comida a quilo: o modelo brasileiro valorizado pelo concurso

Criado em Belo Horizonte nos anos 1980, o modelo de restaurante a quilo se consolidou como uma solução prática e democrática para a alimentação fora de casa e hoje faz parte da rotina de milhões de pessoas. Desde 2017, O Quilo é Nosso busca valorizar esse formato tradicionalmente brasileiro, estimulando a criatividade dos chefs e fortalecendo os negócios do setor.

Na última edição, o concurso reuniu centenas de negócios e premiou o Framboá, da Paraíba, como o melhor restaurante a quilo do país. O chef José Tavares destaca a importância da disputa: “Participar do concurso foi uma experiência transformadora para toda a equipe. Mais do que o prêmio, tivemos a chance de mostrar nosso trabalho para o Brasil inteiro e fortalecer o relacionamento com os clientes”, afirma.

Para Lucas Pêgo, líder de eventos da Abrasel, o concurso tem um papel importante para os negócios. “Além de movimentar o setor e atrair novos clientes, o Quilo é Nosso estimula os restaurantes a inovarem no cardápio e no atendimento. É uma oportunidade de mostrar a força e a qualidade desse modelo tão presente no dia a dia dos brasileiros”

Serviço

O Quilo é Nosso

Realização: Abrasel

Patrocínio: Coca-Cola Brasil, Pluxee, Rational e Caixa

Apoio: Nogueira Brinquedos

Parceria: Mundo Mesa

Inscrições: 30/06 a 21/08

1ª fase: 16 a 26 de setembro

2ª fase: 1 a 10 de outubro

Final: a definir

Bioinsumos e Segurança Alimentar

Nizomar Falcão

Engº Agr° Ematerce

A agricultura ceearense padece de um atraso tecnológico, notadamente, no âmbito da agricultura, que faz com que, os agricultores familiares, estejam sujeitos a uma iminente exclusão social, sem precedentes. As mudanças climáticas estão promovendo profundas e graves conseqüências, no meio rural, em grande medida, pela inação do poder público. 

Uma tecnologia que poderia ser valorizada, que traria benefícios tanto para as pessoas como para o ambiente, seria a adoção do uso de produtos biológicos na agricultura. Os bioinsumos representam uma revolução na agricultura e na segurança alimentar e nutricional, especialmente para a agricultura familiar e para a preservação dos ecossistemas. Eles são produtos de base biológica — como microrganismos (bactérias, fungos), extratos vegetais, óleos essenciais e feromônios — utilizados para o manejo de pragas e doenças, nutrição de plantas e melhoria da saúde do solo. No contexto do Ceará, com seu clima semiárido e a predominância da agricultura familiar, os bioinsumos oferecem uma alternativa promissora e definitiva aos defensivos químicos sintéticos.

 Os bioinsumos trazem benefícios que vão muito além da simples substituição de produtos químicos, eles impactam diretamente na saúde, economia e sustentabilidade, na justa medida em que promovem a redução de custos e dependendência externa – Os bioinsumos significam menor custo de produção. Em muitos casos, os bioinsumos podem ser produzidos na própria propriedade (produção on farm) ou adquiridos a preços mais acessíveis do que os agrotóxicos sintéticos, reduzindo significativamente os custos de produção. Além dessa vantagem, ele significa “autonomia e conhecimento” para os produtores rurais, com fortalecimento da economia local e regional. A produção própria ou local de bioinsumos empodera o agricultor, que se torna menos dependente de grandes empresas e de insumos importados, além de promover um maior conhecimento dos processos biológicos. Com a aprovação da lei de bioinsumos (Lei 15.070/24), no Brasil, que simplificou o registro para uso próprio e unidades on farm, possibilitou que a agricultura familiar possa acessar esses produtos. 

 Se já não fosse bastante, o uso de bioinsumos impacta diretamente a saúde dos agricultores e das suas famílias. A menor exposição dos trabalhadores rurais a produtos químicos, evidencia a importância, absoluta, do uso de bioinsumos.

 Por outro lado, não há que se falar em segurança alimentar com o uso descontrolado de agrotóxicos.