AECIPP aposta na capacitação em IA para fortalecer cultura de inovação

Iniciativa capacita líderes para uso estratégico de inteligência artificial no dia a dia das empresas associadas
Em mais uma iniciativa voltada à inovação e à transformação digital, a Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (AECIPP), em parceria com a escola de tecnologia Digital College, promoveu uma turma do curso ChatGPT Pro. Desta vez, 20 profissionais estratégicos de empresas associadas participaram da capacitação sobre Inteligência Artificial Generativa.

O treinamento aconteceu na Digital College e teve como foco apresentar, na prática, como a IA pode ser usada para automatizar processos, otimizar rotinas e aumentar a produtividade em diferentes áreas corporativas. Com essa nova edição, já são dezenas de profissionais qualificados dentro do Complexo Industrial do Pecém — uma região estratégica para o desenvolvimento econômico do Ceará.

“As empresas que estão investindo na qualificação dos seus times para a era da inteligência artificial já começam a se destacar no mercado. A IA não é mais uma tendência: é uma realidade presente nas mais diversas profissões, e quem estiver preparado vai sair na frente. Nosso papel é ajudar a preparar esses profissionais com as ferramentas certas para essa transformação”, afirma Daniel Monteiro, especialista em IA e diretor da Digital College.

De acordo com dados da consultoria PwC, a inteligência artificial deve contribuir com até US$ 15 trilhões para a economia global até 2030, impulsionando a produtividade, a inovação e a eficiência em setores como indústria, comércio, serviços, saúde e tecnologia. Ainda segundo o Fórum Econômico Mundial, até 2027, mais de 85 milhões de postos de trabalho podem ser impactados ou transformados pela IA, reforçando a urgência da qualificação profissional.

Os participantes da nova turma do ChatGPT Pro vivenciaram técnicas avançadas como engenharia de prompt, uso multimodal, personalização de modelos e automação de tarefas, tudo voltado à realidade empresarial.

“O curso foi uma excelente oportunidade de aprendizado. A capacitação mostrou, de forma prática, como a inteligência artificial pode ser aplicada no dia a dia corporativo. Esses ensinamentos certamente abrem novas possibilidades para aumentar a produtividade, automatizar tarefas operacionais e tornar nossos processos internos mais ágeis e eficientes. Sem dúvida, essa iniciativa contribui para fortalecer a cultura de inovação nas empresas associadas à AECIPP”, destacou Ian Corrêa, vice-presidente de Operações do Grupo Aço Cearense.

A iniciativa segue fortalecendo o ecossistema de inovação no Ceará, garantindo que os profissionais que atuam no Complexo do Pecém estejam alinhados com as principais transformações tecnológicas do mundo.

Testamento é essencial para quem possui bens e deseja evitar disputas familiares

Caso envolvendo o filho de Marília Mendonça expõe fragilidade da ausência de planejamento sucessório

O Brasil acompanha, nas últimas semanas, um delicado embate judicial envolvendo o filho da cantora Marília Mendonça. Desde a morte precoce da artista, em 2021, a guarda do pequeno Léo – hoje com cinco anos – passou a ser dividida entre o pai, o cantor Murilo Huff, e a avó materna, Dona Ruth. A disputa, que recentemente teve novos desdobramentos na Justiça, evidencia um ponto crucial muitas vezes ignorado: a importância do testamento como instrumento de proteção da vontade e do patrimônio de quem parte.

Apesar de Marília possuir um patrimônio milionário – estimado em cerca de R$ 500 milhões –, não há registro público de que a cantora tenha deixado um testamento formal. Com isso, a partilha dos bens e a administração da herança de seu único filho ficaram a cargo do inventário judicial, abrindo espaço para conflitos familiares, questionamentos sobre a guarda e tensão entre os envolvidos.

Apesar de sua importância, o testamento ainda é pouco utilizado no Brasil. Dados do Colégio Notarial do Brasil mostram que menos de 1% da população formaliza esse tipo de documento em vida. O resultado? Famílias que enfrentam longos processos judiciais, desentendimentos entre herdeiros e, muitas vezes, distribuições de patrimônio que não refletem o desejo real do falecido.

De acordo com especialistas em Direito Sucessório, o testamento é uma declaração formal da vontade de uma pessoa sobre a destinação de seus bens após a morte. Ele permite que o testador indique herdeiros, distribua bens de forma individualizada, reconheça filhos ou beneficiários específicos, e até deixe parte do patrimônio para instituições ou causas sociais.

“O testamento é uma forma legítima e segura de garantir que a vontade da pessoa seja respeitada após sua morte. Além de oferecer tranquilidade para quem deixa seus bens, ele evita desentendimentos familiares e conflitos que, infelizmente, são muito comuns em processos de inventário”, afirma a advogada Maria Clara Mapurunga, especialista em Direito de Família e Sucessões no escritório Clóvis Mapurunga Advogados.

O documento pode ser público (feito em cartório), particular (escrito à mão e assinado por testemunhas) ou cerrado (redigido pelo próprio testador e aprovado em cartório). Independentemente da forma escolhida, é fundamental que o testamento esteja em conformidade com a legislação e respeite a parte legítima dos herdeiros necessários — como filhos e cônjuges.

Além disso, o testamento pode ser uma peça estratégica no planejamento patrimonial, permitindo organizar empresas familiares, preservar bens específicos e direcionar decisões com base em valores pessoais, afetivos e culturais.

“Ao contrário do que muitos pensam, testamento não é algo apenas para milionários. Qualquer pessoa que tenha bens ou que queira organizar sua sucessão de forma consciente deve considerar esse instrumento. Ele é um gesto de maturidade e cuidado com quem fica”, reforça Maria Clara.

O caso de Léo Mendonça é um retrato real e público daquilo que muitas famílias enfrentam longe dos holofotes: a falta de organização patrimonial pode gerar consequências profundas — emocionais, jurídicas e financeiras.