Janeiro Branco: cuidar da saúde mental é despedida amorosa
Por: Elaine de Tomy, psicanalista e vice-presidente do Instituto Revoar
Falar sobre saúde mental é falar sobre a vida em movimento. Em diferentes fases da existência, somos convidados a revisar caminhos, repensar escolhas e buscar novos sentidos para aquilo que vivemos. Cuidar da mente, nesse contexto, não é apenas uma resposta a momentos de crise, mas um compromisso contínuo com o bem-estar e a qualidade de vida.
Muitas pessoas convivem, por longos períodos, com sinais de sofrimento emocional que passam despercebidos ou são minimizados. Cansaço constante, tristeza persistente, irritabilidade e dificuldade de concentração são manifestações comuns de uma saúde mental fragilizada. Reconhecer esses sinais é essencial para interromper ciclos de adoecimento e abrir espaço para o cuidado e a reconstrução.
Cuidar da saúde mental é um ato de amor-próprio e também de responsabilidade coletiva. Quando criamos ambientes mais acolhedores, incentivamos a escuta e validamos as emoções, contribuímos para que as pessoas se sintam seguras para buscar ajuda. A saúde emocional se constrói no cotidiano, nas relações familiares, no trabalho e na forma como lidamos com nossas limitações.
Ainda vivemos em uma cultura que valoriza o silêncio diante do sofrimento psíquico. Reconhecer a necessidade de apoio é um gesto de coragem. Promover o cuidado com a saúde mental é fortalecer uma sociedade mais empática.
Falar de saúde mental é falar de prevenção, presença e recomeços possíveis. Pequenas mudanças, sustentadas pelo cuidado, podem gerar grandes transformações.
Sobre a Rede Memorial Fortaleza:
Desde 1995, iniciou suas atividades com a funerária Cred Urna. Em 2001, inaugurou o Cemitério Memorial Fortaleza. Em 2017, fundou o Instituto Revoar, que promove informação e reflexão sobre saúde emocional de forma gratuita. Recentemente, criou o Memorial Fortaleza Pet.
