Canetas para diabetes entram pela primeira vez na lista de medicamentos essenciais da OMS
Organização inclui análogos de GLP-1 no tratamento de diabetes tipo 2 com comorbidades, mas mantém restrição para casos de obesidade sem doenças associadas
Pela primeira vez, medicamentos análogos ao GLP-1, como a semaglutida, presente em fármacos conhecidos mundialmente (Ozempic, Wegovy e Rybelsus), foram incluídos na Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada no dia 5 de setembro. A decisão reconhece sua eficácia no tratamento de adultos com diabetes tipo 2 associados a comorbidades, como doença cardiovascular, doença renal crônica e obesidade.
De acordo com a OMS, a inclusão se baseia em evidências robustas de que esses medicamentos melhoram o controle glicêmico, reduzem o risco de eventos cardiovasculares, diminuem a progressão para doença renal em estágio terminal e reduzem a mortalidade em pacientes desse perfil.
No entanto, o comitê responsável descartou a indicação para pessoas com obesidade sem comorbidades, alegando que as evidências atuais ainda são limitadas e pouco maduras em relação a desfechos de longo prazo, segurança e impacto na mortalidade.
Outro desafio apontado pela organização é o alto custo desses fármacos, que pode dificultar a incorporação em sistemas nacionais de saúde. A OMS pondera, contudo, que a expiração iminente das patentes da liraglutida e da semaglutida pode abrir espaço para biossimilares, aumentando a concorrência e reduzindo os preços.
“A inclusão da semaglutida na lista da OMS representa um marco importante, porque reconhece oficialmente o benefício desses medicamentos no controle do diabetes tipo 2. Na prática, isso pode ampliar o acesso da população a tratamentos mais eficazes e seguros, já que a lista serve de referência para políticas públicas de saúde em mais de 150 países. A tendência é que, com o tempo, os custos também se tornem mais acessíveis, permitindo que mais pessoas se beneficiem dessas terapias”, destaca Maurício Filizola, diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Ceará (Sincofarma) e presidente da Rede de Farmácias Santa Branca.
Sobre da Rede de Farmácias Santa Branca
Fundada em 1986, vivenciando o propósito de cuidar das pessoas, a rede de Farmácias Santa Branca vem crescendo e tornando-se parte da vida dos cearenses. Está presente em Fortaleza e região metropolitana, assim como no interior do Estado do Ceará, somando 21 lojas, três franquias, seis farmácias independentes associadas ao SB Conecta, uma distribuidora e um centro de distribuição. Conta com mais de 200 colaboradores que atuam em oito municípios, oferecendo conforto e bem-estar aos seus clientes. Os seus proprietários e representantes legais, Laura Paiva e Maurício Filizola, que também são farmacêuticos, possuem a sensibilidade de ter uma visão privilegiada do próprio negócio e dos avanços do mercado como um todo.