Cimento Apodi aposta em IA para impulsionar produtividade e sustentabilidade na indústria

Tecnologia iniciada em 2019 com parceria acadêmica, hoje é aplicada em larga escala, consolidando-se como ferramenta estratégica para reduzir impactos ambientais, ampliar eficiência e projetar a indústria cimenteira brasileira na vanguarda da inovação.

A Cimento Apodi vem se consolidando como pioneira no uso de inteligência artificial (IA) no setor cimenteiro no Ceará. O que começou em 2019 como um projeto piloto no moinho da unidade de Pecém, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC – campus Russas), tornou-se hoje um sistema robusto de otimização em tempo real, aplicado em diferentes etapas da produção e expandido para outras plantas da companhia.

Da pesquisa ao impacto industrial

Durante 12 meses, engenheiros da Apodi trabalharam em conjunto com estudantes de Engenharia de Software, Ciências da Computação e Engenharia de Produção da UFC no desenvolvimento de um software inovador, com apoio da área de tecnologia do Grupo Titan, acionista da empresa. O sistema foi desenhado para monitorar e ajustar a operação do moinho de cimento, aprendendo continuamente com o processo e elevando a eficiência produtiva.

Desde então, a solução passou por sucessivas atualizações e, atualmente, analisa 276 variáveis de processo, processando mais de 2 milhões de combinações a cada 30 segundos. Com base nessas análises, define automaticamente a configuração operacional mais eficiente, garantindo maior produtividade, qualidade consistente e menor consumo de recursos naturais.

De acordo com Gerson Ribeiro, coordenador de automação e digitalização da Apodi, o sistema monitora a operação de forma contínua para gerar um produto mais estável e confiável. Mas, para ele, o grande diferencial está no papel das equipes. “O software de inteligência artificial aprende com o passar do tempo, melhorando sua performance quando treinado. Com isso, os profissionais de operação passam a atuar de maneira mais analítica do que operacional, colaborando para a evolução contínua da tecnologia e da produção”, destaca. 

Resultados que falam por si

A adoção da inteligência artificial já trouxe ganhos expressivos:

• Aumento de até 13% na produtividade;

• Redução nos custos de produção;

• Crescimento de até 10% na capacidade instalada;

• Menor consumo de energia, água e combustíveis fósseis;

• Redução das emissões de gases de efeito estufa.

Expansão e novos horizontes

O sucesso do piloto em Pecém levou à implementação da IA nos moinhos de Quixeré, ampliando ganhos em estabilidade e eficiência energética. Nos últimos dois anos, a companhia já investiu mais de R$ 6 milhões em digitalização e IA, consolidando o programa Apodi 4.0, que inclui ainda soluções de:

• Visão computacional para prevenção de riscos em ambientes de segregação homem-máquina;

• Uso de IA na previsão de resistência do cimento integrada ao sistema de gestão de qualidade;

• Virtualização de sistemas.

Indústria cimenteira do futuro

“Além do avanço tecnológico, a parceria com a universidade reforça um compromisso social da Apodi: investir em pesquisas, estimular o desenvolvimento de jovens talentos e impulsionar soluções inovadoras que podem ser aplicadas dentro e fora da indústria. Essa conexão entre academia e setor produtivo cria oportunidades para estudantes, fortalece a formação profissional e amplia as possibilidades de aplicação da ciência na prática. O que começou com um investimento de R$ 182 mil no Pecém tornou-se um marco para a indústria cimenteira brasileira. A inteligência artificial nos garante não apenas ganhos de performance, mas também maior sustentabilidade para nossas operações”, afirma Hilberto Feitosa, diretor Industrial da Cimento Apodi.

O modelo desenvolvido pela Apodi já é avaliado para replicação em outras unidades do Grupo TIitan no mundo, consolidando a empresa como referência global em inovação e sustentabilidade no setor de cimento.

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