Dança fortalece ossos e melhora a qualidade de vida na terceira idade
A perda de massa muscular e a redução da densidade óssea (osteopenia e osteoporose) são condições comuns na terceira idade e aumentam o risco de quedas, fraturas e limitações na mobilidade. Para a Cooperativa dos Médicos Traumatologistas e Ortopedistas do Estado do Ceará (Coomtoce), a prática regular de exercícios físicos é indicada como ferramenta essencial de prevenção. Para a ortopedista Jordana Franco, a dança, em especial, ganha destaque por oferecer benefícios que vão além do corpo, alcançando também o bem-estar mental e social dos idosos.
“A dança é um exercício de impacto leve a moderado que, além de trabalhar a força muscular e a resistência dos ossos, contribui para o equilíbrio, a coordenação motora e a postura, fatores que reduzem significativamente o risco de quedas”, explica a Dra. Jordana Franco. Segundo a especialista, esse tipo de atividade é interessante porque alia o aspecto físico ao prazer da música e da interação social, tornando a prática prazerosa e sustentável a longo prazo. Para as mulheres, essa atividade é considerada ainda melhor pois, após a menopausa, ficam mais vulneráveis à osteoporose.
Além da saúde dos ossos, os músculos também são beneficiados. Movimentos que envolvem deslocamentos, giros e sustentação corporal exigem força e resistência, fortalecendo grupos musculares importantes para a estabilidade, como pernas, quadris e abdômen. “O fortalecimento muscular promovido pela dança é essencial para dar mais autonomia aos idosos, permitindo que realizem atividades com mais segurança que vão desde subir escadas até carregar sacolas de mercado”, destaca a ortopedista.
Para quem deseja começar, a ortopedista Jordana Franco recomenda que o idoso busque modalidades adaptadas, como dança de salão, forró, zumba sênior ou até mesmo atividades mais leves, como alongamentos e pilates. O ideal é que o idoso passe por uma avaliação médica antes de iniciar a prática, garantindo segurança e evitando sobrecargas. “Cada pessoa tem um histórico de saúde diferente. Cabe ao ortopedista avaliar limitações e orientar sobre quais movimentos devem ser priorizados ou evitados”, reforça Jordana Freire.