Golpe do falso advogado: criminosos usam dados reais para aplicar golpes em quem espera valores judiciais

O “golpe do falso advogado” configura uma prática criminosa que tem gerado graves prejuízos aos cidadãos que aguardam o recebimento de valores judiciais ou possuem processos em andamento. Diante da crescente incidência dessa fraude, profissionais da área jurídica agem em prol de ações preventivas para alertar e resguardar seus clientes e o público geral.

A fraude se concretiza quando criminosos se fazem passar por advogados, advogadas ou funcionários de bancas jurídicas, entrando em contato com as vítimas, em geral, por telefone ou aplicativos de mensagens (como WhatsApp). Para construir um discurso persuasivo e simular documentos, os golpistas utilizam dados reais das vítimas, obtidos em fontes públicas na internet, como nome, CPF e detalhes de processos. Em seguida, afirmam que a vítima tem um valor a receber.

Após a simulação convincente, é solicitada a realização de pagamentos de supostas taxas, custas ou impostos antecipados, geralmente via Pix, cartão ou depósito bancário. Essas cobranças são apresentadas como condição obrigatória para liberar o dinheiro. Uma vez efetuada a transferência, os criminosos desaparecem, deixando a vítima sem o valor prometido.

Diante dessa ameaça generalizada, é fundamental que a população adote medidas essenciais de proteção. “A principal regra é a desconfiança imediata de qualquer abordagem, mesmo que pareça convincente e utilize dados corretos. O cliente ou parte deve sempre priorizar o contato direto com o escritório que já o atende, através dos canais oficiais e previamente conhecidos, antes de realizar qualquer pagamento. É indispensável abordar a situação com seu advogado de confiança antes de efetivar qualquer transação solicitada por meios não usuais”, destaca Gabrielly Lessa, advogada e sócia no Lessa & Lima Associados.

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