Ranking aponta CE com o maior número de redes empresariais associativas do Nordeste

O Ceará é o estado com maior número de redes empresariais associativas conhecidas no Nordeste do Brasil, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Redes e Centrais de Negócios. O estado tem 26 dos 83 empreendimentos no setor entre os nove estados locais.

O Ceará também é o primeiro representante da região no ranking nacional de grupos e centrais de negócios, na sétima posição — o ranking é liderado pelos estados do Rio Grande do Sul (93 redes) e São Paulo (90). No top 10, dentre os estados do Nordeste, o Ceará fica à frente de Bahia (17 redes), 8º no ranking, e Paraíba (12), que figura na 10ª colocação.

O estudo é liderado pelo pesquisador e professor Douglas Wegner, da Fundação Dom Cabral (FDC), e divulgado em parceria com a Área Central, líder em tecnologia e inteligência para grupos de negócios. Conforme o mapeamento, o Brasil reúne atualmente 512 redes e centrais de negócios que, juntas, contemplam mais de 25 mil empresas em atividade no país. O Sul e o Sudeste respondem, respectivamente, por 33,78% e 44,53%, do total. O Nordeste está na terceira posição do mapeamento, abrigando 16,21% das redes e centrais de negócios brasileiras.

No Ceará, o segmento de autopeças é o que possui maior número de redes e centrais de negócios, com 10 grupos empresariais mapeados. Na sequência, aparecem os setores de supermercados (8), além de farmácias (3) e lojas de materiais para construção (3).

Para Douglas Wegner, o mapa demonstra um fortalecimento de iniciativas associativas na região. “O setor se mostra mais consolidado na região Sul, porque houve um programa público de apoio à formação de redes que contribuiu de maneira muito significativa para esse número de redes ativas. Já no Sudeste, pela questão demográfica e número de empresas, a região foi e continua sendo um campo fértil para a formação de redes. Os exemplos bem-sucedidos nessas regiões faz com que haja um reflexo significativo sobre o Nordeste. Hoje, mais empresas da região estão procurando o associativismo empresarial como forma de obter melhores resultados”, sinaliza.

De acordo com Jonatas da Costa, CEO da Área Central, que reúne mais de 200 redes e centrais de negócios em sua plataforma de gestão especializada no setor, a evolução deste mercado no estado e também no país acontece à medida que os benefícios deste modelo de negócios vem sendo popularizados e tornam-se mais claros para os empreendedores.

“Hoje um dos principais chamarizes do segmento é a possibilidade de realizar compras conjuntas de produtos e serviços, na qual o poder de barganha do varejista é maior junto aos fornecedores de insumos e produtos que, posteriormente, serão vendidos para o consumidor. Ou seja, há impacto direto sobre os custos e os lucros da empresa. Outros destaques são as possibilidades que os grupos oferecem para o desenvolvimento mútuo dos associados, como a oferta de serviços diferenciados e oportunidades de capacitação, marketing, inovação, acesso a conhecimentos de mercado, tecnologia e atividades de apoio”, afirma.

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