No Ceará, R$210 milhões foram renegociados no Desenrola Pequenos Negócios

ECONOMIA

No Ceará, R$210 milhões foram renegociados no Desenrola Pequenos Negócios

Entre maio e dezembro de 2024, programa federal permitiu repactuar R$ 7,5 bilhões em dívidas para mais de 120 mil MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte de todo o país

Entre maio e dezembro de 2024, o Desenrola Pequenos Negócios viabilizou renegociação de R$ 7,5 bilhões em dívidas bancárias – Foto: Divulgação / MEMP

Até o fim de 2024, 4.151 empresas cearenses renegociaram 5.745 contratos que movimentaram R$ 210,26 milhões pelo Desenrola Pequenos Negócios. Com isso, o Ceará figura como o quarto maior volume repactuado entre os estados da região Nordeste — e na 11ª posição em todo o país.

Entre maio e dezembro de 2024, o Desenrola Pequenos Negócios viabilizou a renegociação de R$ 7,5 bilhões em dívidas bancárias em todos os estados e o Distrito Federal para mais de 120 mil microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte. Desenvolvido em conjunto pelos Ministérios da Fazenda e do Empreendedorismo, a iniciativa do Governo Federal ofereceu descontos de até 95%, garantindo alívio financeiro e a reinserção desses negócios no mercado de crédito.

REGIÕES – A região Sudeste lidera em todos os quesitos ligados ao Desenrola Pequenos Negócios, tendo movimentado um volume de R$ 3,576 bilhões em dívidas renegociadas. O programa registrou no Sudeste a participação de 57.219 clientes, que fecharam 90.841 contratos. Em seguida, em volume negociado, aparece a região Nordeste, com R$ 1,443 bilhão, 27.306 clientes e 37.306 contratos.

ESTADOS – Entre os estados, São Paulo teve o maior volume renegociado: R$ 2,242 bilhões. O estado é o único a ter movimentado mais de um bilhão em recursos, resultado de 58.108 contratos, fechados por 35.472 clientes. Na sequência dos estados com maior volume negociado estão Rio de Janeiro (R$ 669,5 milhões), Minas Gerais (R$ 574,14 milhões), Paraná (R$ 489,96 milhões) e Bahia (R$ 428,43 milhões).
 

SISTEMA FINANCEIRO – A renegociação foi conduzida diretamente pelo sistema financeiro, com incentivos tributários do governo para que bancos oferecessem condições vantajosas. Os descontos variaram entre 20% e 95%, permitindo que milhares de negócios regularizassem os débitos e voltassem a acessar linhas de crédito.
 

ACESSO AO CRÉDITO – O ministro do Empreendedorismo, Márcio França, ressaltou o impacto da medida: “ao quitar ou renegociar dívidas, essas empresas não só recuperam o acesso ao crédito, mas ganham fôlego para crescer. Só em 2024, programas de crédito para pequenos negócios injetaram R$ 39 bilhões em 600 mil empresas, fortalecendo toda a cadeia produtiva”.
 

ACREDITA – O Desenrola Pequenos Negócios integra o Programa Acredita, que inclui ainda o ProCred 360 — linha de crédito com taxas de juros 50% menores que as de mercado para MEIs e empresas com faturamento anual de até R$ 360mil. Para viabilizar as concessões de crédito, o governo destinou R$ 1,5 bilhão em garantias para os bancos, usando recursos remanescentes do Fundo Garantidor de Operações (FGO) do programa Desenrola, que renegociou dívidas de mais de 15 milhões de pessoas físicas. Com essa garantia inicial, serão disponibilizados R$ 5 bilhões em crédito, dos quais R$ 1,4 bilhão já foram emprestados a 47 mil empresas. A expectativa é que novos recursos sejam alocados para ampliar ainda mais a oferta de crédito.
 

PRONAMPE — Além do Procred 360, os pequenos negócios podem procurar os bancos para acessar o Pronampe. No ano passado, o governo criou ainda o Pronampe Solidário Rio Grande do Sul, contribuindo para a recuperação econômica de 36 mil empresas afetadas pelas enchentes que atingiram o estado em maio.

Nelson Wilians inicia agenda de negócios em Angola e Moçambique para fortalecer laços e ampliar frentes de atuação

O advogado Nelson Wilians, presidente e fundador do Nelson Wilians Advogados, embarcou na segunda-feira, 03, para uma série de compromissos estratégicos em Angola e Moçambique. A viagem tem como objetivo expandir conexões e identificar novas oportunidades de negócios na região, fortalecendo as relações entre Brasil e os países africanos.

Convidado por um grupo de empresários angolanos, Wilians terá uma intensa agenda em Luanda, onde se reunirá com representantes de setores-chave da economia. “O convite surgiu por meio de empresários com forte atuação em Angola, interessados em estreitar relações e fomentar parcerias estratégicas”, destaca Wilians.

A economia angolana tem chamado atenção de investidores internacionais, impulsionada pela diversificação econômica em setores como agricultura, turismo, transportes e logística. “Angola vive um momento de transformação, abrindo espaço para novas oportunidades. O Brasil, com sua experiência em diversos setores, tem muito a contribuir para essa expansão”, avalia o advogado.

O interesse global por Angola também se reflete no cenário geopolítico. Recentemente, Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos, esteve no país para reforçar a importância de Angola na estratégia americana na África, sinalizando um ambiente favorável para investimentos estrangeiros.

De Luanda, Wilians segue para Maputo, onde manterá um encontro com o recém-empossado presidente de Moçambique, Daniel Chapo. O convite partiu diretamente do mandatário moçambicano, que busca aproximar o país do empresariado brasileiro e atrair investimentos estrangeiros.

“Moçambique tem adotado uma postura estratégica para atrair capital externo, e o interesse do governo em estreitar laços com o Brasil abre caminhos promissores para novas parcerias. Esse movimento está alinhado ao trabalho que nosso escritório já desenvolve em mercados europeus e asiáticos”, explica Wilians.

Além dos compromissos institucionais, Wilians destaca a realização da 11ª Conferência de Mineração e Energia de Moçambique (MMEC), marcada para maio de 2025, que reunirá líderes globais para debater o futuro dos investimentos no país.

“Com uma economia em crescimento e um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico, Moçambique se consolida como um destino estratégico para investidores interessados em setores como agricultura, turismo, mineração e energia. Nosso objetivo é contribuir para esse desenvolvimento, conectando oportunidades e fomentando parcerias sustentáveis”, finaliza Wilians.