A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em cooperação com a UNESCO e o Museu do Amanhã, lançaram nesta quarta-feira, 19, a quinta edição do Edital Conexão Oceano de Comunicação Ambiental, que apoiará produções jornalísticas e artísticas relacionadas com a conservação do oceano. Com o tema Arte e Oceano, esta edição tem como principal novidade a inclusão da categoria Arte, que distribuirá até cinco bolsas de R$ 10 mil cada para artistas, além de um valor adicional de até R$ 14 mil para a produção das propostas selecionadas. Na já tradicional categoria Jornalista, até cinco projetos de reportagem serão selecionados para receber bolsas no valor de R$ 10 mil cada. As inscrições permanecerão abertas até o dia 20 de abril e devem ser feitas por meio de formulário online disponível no site da Fundação Grupo Boticário.
“Em meio à Década do Oceano, nosso objetivo é fomentar a produção de conteúdo jornalístico qualificado, aprofundando debates em diferentes temáticas sobre os desafios e exemplos de conservação do oceano, com abordagens que nem sempre aparecem na cobertura cotidiana dos veículos de comunicação brasileiros. Neste ano, além das reportagens, vamos apoiar a produção de obras de arte que sensibilizem, conscientizem e engajem a sociedade a favor do conhecimento, da sensibilização e da conservação dos mares”, afirma Omar Rodrigues, gerente sênior de Engajamento, Comunicação e Relações Institucionais da Fundação Grupo Boticário, instituição que completa 35 anos de história em 2025. Reconhecida como uma das representantes da Década do Oceano no Brasil, a Fundação atua em parceria com a UNESCO e outras instituições no país para influenciar mecanismos públicos a favor do oceano e sensibilizar a sociedade.
Oportunidade para artistas
Na inédita categoria Arte, artistas poderão se inscrever para receber apoio para a produção de obras inéditas que abordem, de maneira envolvente e significativa, o oceano e os ambientes marinhos e os desafios de conservação que os envolvem. É preciso comprovar atuação regular há pelo menos dois anos, apresentando currículo e portfólio e a inscrição é individual.
As obras poderão ser criadas com diferentes técnicas, como escultura, pintura, grafite, gravura, desenho, obras digitais, entre outros formatos e técnicas. As propostas selecionadas poderão ter a oportunidade de serem expostas nas áreas externas do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, como parte de sua programação.
A seleção levará em consideração projetos que consigam traduzir questões ambientais complexas em experiências artísticas transformadoras, demonstrando como a arte pode ser uma ferramenta poderosa de compreensão dos desafios ambientais contemporâneos. Outro critério fundamental será a capacidade de conscientização em prol da conservação marinha, bem como seu diálogo e viabilidade, em caso de possível apresentação no espaço expositivo ao ar livre do Museu do Amanhã, situado às margens da Baía de Guanabara.
Conteúdo jornalístico
Na categoria Jornalista, serão aceitas propostas de pautas que explorem como as expressões artísticas podem estimular o engajamento social em prol da conservação do oceano ou que mostrem como a conservação marinha pode influenciar a arte. Jornalistas formados ou profissionais que comprovem atuação regular na área há pelo menos dois anos podem pleitear as bolsas-reportagem, sem necessidade de ser especializado ou fazer cobertura ambiental. A inscrição das propostas deve incluir uma carta de anuência de um veículo de comunicação, garantindo a publicação do material jornalístico produzido com o apoio financeiro. As reportagens ou séries de reportagens podem ser publicadas em veículos impressos, portais, podcasts, sites, rádios ou emissoras de TV.
Os critérios de seleção incluem criatividade, originalidade da proposta, relevância do tema para a sociedade, consistência do plano de apuração e divulgação, além do currículo e qualidade dos trabalhos anteriores do candidato.
Live para tirar dúvidas
Os organizadores do Edital Conexão Oceano promoverão uma live no dia 26/03, às 11h, no canal da Fundação Grupo Boticário no Youtube para apresentar mais informações sobre o processo de seleção em cada categoria e tirar dúvidas dos interessados em inscrever trabalhos.
Década do Oceano
O Edital Conexão Oceano está alinhado com a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, ou simplesmente Década do Oceano (2021-2030), que busca conscientizar a população global sobre a importância do oceano e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que promovam a saúde e a sustentabilidade dos mares.
SERVIÇO
Edital Conexão Oceano de Comunicação Ambiental
Inscrições: de 19 de março a 20 de abril, no formulário disponível no site da Fundação Grupo Boticário.
Mais informações: Leia o regulamento do edital aqui. Participe da live sobre o edital no dia 26/03, às 11h, no canal da Fundação Grupo Boticário no Youtube.
Categoria Jornalista: voltada a jornalistas e profissionais da imprensa com atuação regular comprovada de pelo menos dois anos
Valor da bolsa: até cinco bolsas de R$ 10 mil cada
Categoria Arte: voltada a artistas com atuação comprovada de pelo menos dois anos
Valor da bolsa: até cinco bolsas de R$ 10 mil cada, mais até R$ 14 mil para a produção da obra
Sobre a Fundação Grupo Boticário
Com 35 anos de história, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para conservar o patrimônio natural brasileiro. Com foco na adaptação da sociedade às mudanças climáticas, especialmente em relação à segurança hídrica e à proteção costeira, a instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada em todos os setores. Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, considera que a natureza é a base para o desenvolvimento social e econômico do país. Sem fins lucrativos e mantida pelo Grupo Boticário, a Fundação Grupo Boticário contribui para que diferentes atores estejam mobilizados em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já apoiou mais de 1.800 iniciativas em todos os biomas no país. Protege duas reservas naturais de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil pelo desmatamento –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com 1,4 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A instituição é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador e presidente do Conselho do Grupo Boticário, criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. | www.fundacaogrupoboticario.org.br | @fundacaogrupoboticario (Instagram, Facebook, LinkedIn, Youtube, TikTok).
Sobre a UNESCO
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura contribui para a paz e a segurança, liderando a cooperação multilateral nas áreas de educação, ciências, cultura, comunicação e informação. Com 194 Estados-membros, a UNESCO tem mais de 2,3 mil funcionários e coordena uma rede de mais de 2 mil sítios culturais e naturais protegidos. Com sede em Paris e escritórios em 54 países, a Organização tem Audrey Azoulay como diretora-geral. “Como as guerras começam nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens que as defesas da paz devem ser construídas” – Constituição da UNESCO, 1945.
Sobre o Museu do Amanhã
O Museu do Amanhã é um museu de ciências, atravessado pelas transformações do tempo, a partir das interações entre a humanidade e o planeta. Projetado pelo arquiteto Santiago Calatrava e situado na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, o Museu não se propõe a ser um repositório de objetos, mas um espaço dinâmico de conhecimento, onde ciência, filosofia e arte se entrelaçam para construir perguntas fundamentais sobre o tempo em que vivemos e mundo que habitamos. Os museus não são neutros. São construções sociais, espaços de disputa de narrativas e lugares onde a imaginação política do presente se projeta no porvir. No Museu do Amanhã, a função museológica não é apenas conservar, mas ativar. Ativar reflexões, tensionar certezas, provocar desvios no olhar, deslocar discursos cristalizados e propor novas formas de ver e habitar o mundo. Neste sentido, a arte atravessa e tensiona a experiência museológica. Não como ilustração, mas como gesto epistemológico, como exercício de linguagem e imaginação crítica. A arte que buscamos abrigar não é contemplativa, mas insurgente. Ela é matéria de fissura e de fabulação, capaz de abrir frestas na ordem do visível e engendrar outros modos de existência. Criamos exposições, ações e programações cujas poéticas dialoguem com as urgências do nosso tempo e com os desafios de pensar futuros. Não um futuro linear, redentor ou inevitável, mas um campo de forças e possibilidades, um território em disputa, que exige ação e invenção no presente.