Companhia Giradança (RN) traz “Graça” e “Bando – Dança que ninguém quer ver” à 8ª Bienal De Par em Par 

Nesta quinta e sexta-feira (27 e 28 de outubro), a 8ª Bienal Internacional de Dança do Ceará – De Par em Par recebe a Giradança, companhia do Rio Grande do Norte, que desde 2005 tem apresentado em palcos de todo o Brasil um trabalho que rompe preconceitos, limites pré-estabelecidos e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea. Formada por bailarinos com e sem deficiência, a Giradança tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem própria, voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências. 

Na quinta-feira (27), às 20h, a companhia apresenta “Graça”, no Teatro Dragão do Mar, e na sexta (28), estará às 19h no Teatro B. de Paiva, no Porto Dragão, com “Bando – Dança que ninguém quer ver”.  Além dos espetáculos, integrantes da companhia participam de duas rodas de conversa do Seminário Dança e Acessibilidade, uma ação da Plataforma de Acessibilidade da Bienal de Dança. A primeira será na quinta-feira (27), às 16h, e a segunda na sexta-feira (28), às 16h30, ambas no Cinema do Dragão. A programação completa da Bienal De Par em Par pode ser consultada no site www.bienaldedanca.com.

SOBRE OS ESPETÁCULOS

Propondo modos de ser e estar em grupo, expandindo os entendimentos acerca dos corpo, a Companhia Giradança apresenta “Graça”, seu novo espetáculo. Camadas de tinta e de histórias acumuladas, impressas, misturadas, desbotadas, dissolvidas nos corpos. Graça é uma oferta, uma dádiva, uma benção que vem de nós para nós mesmas. É a graça de se reescrever, de se reencarnar nesse mundo. É um estado – de graça – e um regime que rege uma dança. É uma economia de carne. Uma economia da encarnação.

Em “Bando – Dança que ninguém quer ver”, criação de 2015, a Companhia Giradança parte da própria experiência enquanto artistas periféricos, nordestinos e plurais. Expõe situações que o grupo vive ou vivenciou ao longo de sua existência. Entre elas está a invisibilidade dos corpos de seus bailarinos, tidos como diferentes daqueles geralmente vistos em obras de arte. A coreografia foi criada a partir de elementos trazidos pelos performers. Por meio de improvisos, eixo da linguagem da peça, cada um deles assina sua própria existência em relação ao bando que habita. A ideia de bando, algo central no trabalho, reflete a persistência do Giradança, que encontrou no formato coletivo a possibilidade de “carnificar” questões que assolam a companhia.

GIRADANÇA no SEMINÁRIO DANÇA E ACESSIBILIDADE CORES E NOMES

Desde 2015 a Bienal Internacional de Dança do Ceará trabalha a Plataforma de Acessibilidade, contemplando ações de formação e difusão.  Na 8ª Bienal De Dança De Par em Par, que teve início da sexta-feira, 21, e segue até o dia 29, a Plataforma de Acessibilidade acontece de 25 a 29 no Cinema do Dragão, onde discute o processo histórico que reabilita corpos dissidentes para se “enquadrarem” na sociedade, identificando as demandas dos movimentos das pessoas com deficiência e outras discriminações sociais como o sexismo, o racismo e a transfobia.

Nos três últimos dias a plataforma contará com o Seminário Dança e Acessibilidade, com rodas de conversa. Serão debatidas não só as demandas da pessoa com deficiência, como questões de raça, gênero e corpos dissidentes. A pluralidade será o mote para se pensar outros modos de acesso ao direito à cidade e como ocupar esses espaços.

Na quinta-feira (27), às 16h, a roda de conversa sobre “Processo de criação e políticas públicas na ótica do profissional da dança”, será com Alexandre Américo (diretor artístico da Giradança) e Marconi Araújo (bailarino cadeirante da Giradança), com mediação de Clarissa Costa (CE). Na sexta-feira (28), às 16h30, o tema será “‍Os diferentes capacitismos que perpassam corpos dissidentes”, com Alexandre Américo, Ana Vieira (bailarina da Giradança), e Joselma Soares (artista Cega, bailarina da Giradança desde sua fundação (2005), Alla Soüb (DF) e, na mediação, Gabriel Morais (CE).

A VIII Bienal Internacional de Dança do Ceará – De Par em Par é uma realização da Indústria da Dança e da Proarte. Tem o apoio da Prefeitura de Fortaleza, Prefeitura de Itapipoca, Prefeitura de Paracuru e SESC Fecomércio, e o apoio institucional da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), por meio da Lei do Mecenato Estadual. Agradecimento: Enel.

SERVIÇO

VIII Bienal Internacional de Dança do Ceará – De Par em Par – De 21 a 29 de outubro de 2022, com programação em Fortaleza, Paracuru, Juazeiro do Norte e Itapipoca. Toda a programação da bienal é gratuita, aberta ao público, com espaços sujeitos a lotação. Para as apresentações em Fortaleza, os tíquetes (gratuitos) devem ser retirados no site Sympla: www.sympla.com.br/bienaldedanca. A programação completa pode ser consultada no site www.bienaldedanca.com | Informações: bienaldedancace@gmail.com.  

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