Osteoporose atinge mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo e requer cuidados especiais
Doença atinge principalmente mulheres acima de 50 anos, somando cerca de 10 milhões de casos no Brasil
Nada melhor do que aproveitar o mês em que é celebrado o Dia da Mulher, para abordar o tema osteoporose, um dos mais graves problemas de saúde que afetam a saúde delas – no Brasil e em todo o mundo. Segundo dados médicos de 2023, estima-se que mais de 200 milhões de pessoas em todo o planeta sofrem de osteoporose. No Brasil, esse número ultrapassa 10 milhões, afetando principalmente mulheres acima de 50 anos. A projeção é que ocorram 2,3 milhões de fraturas osteoporóticas por ano na América Latina, sendo o Brasil um dos países com maior incidência. As fraturas mais comuns são as de fêmur, vértebras e punho, que podem levar à dor crônica, incapacidade e, em casos mais graves, até mesmo à morte.
Para a ortopedista Christine Muniz, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Ceará (SBOT-CE), é preciso orientar a população sobre esse grave quadro de saúde pública. “O ortopedia tem papel fundamental e pode ajudar na prevenção e no tratamento desta doença, porque os médicos ortopedistas são profissionais capacitados para auxiliar a prevenir a osteoporose, através da avaliação individualizada, identificando fatores de risco e orientando sobre hábitos saudáveis”, observa
Sem sintomas
Um dos maiores desafios relacionados à osteoporose é que se trata de uma doença incurável e sem sintomas. Na maioria dos casos, a paciente só sabe que tem osteoporose após sofrer uma fratura, e os exames apontam para o quadro de saúde. “Essa situação reforça como é importante que a população feminina, especialmente na Melhor Idade, procure um médico ortopedista para proceder os exames regulares, principalmente o de densitometria óssea”, ressalta Christine Muniz.
A prática de exercícios físicos e manter uma dieta rica em cálcio e vitamina D são algumas das medidas que podem ser adotadas, para prevenir ou diminuir os efeitos da osteoporose. “Além disso, é recomendável deixar hábitos prejudiciais, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Em casos específicos, o médico pode recomendar suplementos de cálcio e vitamina D ou medicamentos para fortalecer os ossos”, acrescenta Christine Muniz.
Tratamento
No caso de fraturas por osteoporose, a atuação do ortopedista ajuda a reduzir a dor e a inflamação, promovendo o realinhamento ósseo e reabilitação do paciente. “A ortopedia está em constante evolução, e oferece técnicas cada vez mais eficazes para o tratamento da osteoporose, como a criação de próteses personalizadas para reconstrução óssea, cirurgias mais precisas e menos invasivas, e o uso de medicamentos para estimular o crescimento ósseo e o reparo de fraturas”, observa a ortopedista, membro da SBOT-CE.