Kroma Energia se destaca e conquista mercado cearense

Em um mercado de energia renovável cada vez mais aquecido e dinâmico, grandes empresas estão conquistando rapidamente seu espaço. O novo ambiente de negociação se abre tanto para comercialização quanto para gestão e geração de energia. Quem está alinhado com estas três dinâmicas tende a se destacar. O Ceará vem assistindo o surgimento de novos fornecedores deste tipo de energia, como a Kroma Energia. Os investimentos do grupo pernambucano, no Ceará, desde 2018, já ultrapassam os 2 bilhões de reais.

São os municípios do interior do Estado que estão recebendo os benefícios – geração de emprego e renda para população local, por exemplo – destes investimentos em usinas solares.

No município de Quixeré, distante 200 quilômetros da Capital, funciona o Complexo Apodi (capacidade instalada de 162 MW). Por lá, meio milhão de painéis fotovoltaicos foram instalados numa área equivalente a 400 campos de futebol. Os investimentos foram da ordem de 700 milhões de reais, com um projeto totalmente desenvolvido pela Kroma e vendido em seguida.

“O Ceará tem ambiente favorável para negócios, com ótimos pontos de conexão no governo e mercado. Além do espírito empreendedor cearense, o Estado possui uma vocação incrível para energia renovável. Estamos falando de vento e da irradiação solar”, explica Rodrigo Mello, CEO e um dos fundadores da Kroma Energia.

O grupo pernambucano mantém alta as apostas em terras – e sol – cearenses. As novas obras, em Jaguaruana (Complexo Arapuá, com potencial de 500 MW) e, novamente, Quixeré (Complexo Frei Damião, com potencial de 192 MW), ambas na região do Vale do Jaguaribe, somam, juntas, 2,1 bilhões de reais.

Fortaleza e Região Metropolitana

Investimentos também miram outras regiões do Estado. Em 2020, a empresa venceu uma licitação para fornecer energia à Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece). O contrato, que previa a compra de energia no Mercado Livre, pela instituição pública, seguiu até dezembro do mesmo ano. No entanto, os interesses em aumentar a participação no mercado de energia do Ceará, se mantiveram, por exemplo, com a participação da Kroma no projeto da usina de dessalinização de Fortaleza.

“Ano passado estivemos presentes no projeto de dessalinização, quando fomos parceiros das empresas vencedoras do consórcio para construção da usina de dessalinização e nós seremos, provavelmente, o fornecedor da energia elétrica de lá. Além disso, temos interesses em PPP (Parcerias Público-Privadas) na área de energia e na gestão de novos clientes nas áreas industrial e comercial, que abrangem a Região Metropolitana. A estimativa é que, para o ano, possamos investir nas áreas de geração distribuída e autoprodução algo em torno de 60 milhões de reais”, explica Ecliton Ramos, diretor de geração de energia e novos negócios, do Grupo Kroma.

PL 414/2021

Para se entender a importância do Projeto de Lei 414 de 2021, no setor energético e seu impacto na sociedade é possível fazer uma comparação com a abertura do mercado de telecomunicações acontecido há 25 anos, quando havia um sistema fortemente alicerçado na oferta de telefonia e de outros serviços, por empresas estatais. O Projeto já foi aprovado no Senado e segue em tramitação na Câmara dos Deputados, sob a relatoria do parlamentar Fernando Coelho. Tornando-se lei, a previsão é que haja mais liberdade de escolha para o consumidor e competitividade no mercado.

O Projeto de Lei 414 deve movimentar ainda mais o Mercado Livre de Energia, ampliando o acesso para todos os consumidores, inclusive os residenciais. Atualmente o benefício de aquisição de energia neste ambiente ainda é restrito aos consumidores eletrointensivos, que consomem a commodity em grande quantidade.

Sertão de Pernambuco

No Estado de origem, Kroma Energia e Elétron Energy formam o Consórcio Pernambuco Energia. Na última segunda-feira, 18, este consórcio venceu o processo licitatório para o fornecimento de energia renovável pelos próximos 29 anos à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

A capacidade de geração vem dos enormes parques e das milhares de placas que captam a luz solar. Um destes parques, o Complexo Solar São Pedro e São Paulo, está sendo construído no sertão pernambucano, na cidade de Flores. Serão 340 milhões de reais em investimentos, com potencial de 101 MWp, Megawatt pico.

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