Segundo dia do III Congresso de Educação debate a formação para o mundo do trabalho

O Congresso de Educação do Sistema Fecomércio abriu espaço para salas de workshops e mesas redondas, além de palestras e momentos culturais. O evento, que está em sua terceira edição, tem seu foco no aperfeiçoamento do docente do Sesc e do Senac em sala de aula, principalmente neste momento em que o ensino presencial é retomado.

A proposta é reunir, numa mesma formação, todo corpo docente cearense das duas instituições reconhecidas pelo aprimoramento educacional e profissional de jovens e adultos. Desafios tecnológicos, novas metodologias de ensino, sistemas híbridos e uma maior capacidade de adaptação do professor e aluno deram o tom das discussões neste segundo dia.

“Tivemos que correr atrás do conhecimento, tendo a flexibilidade e paciência para ressignificar aprendizados e passar tudo isto para nossos alunos, nos adaptando às mudanças do mundo do ensino e do mundo do trabalho. Aqui, é o momento de reaprendizagem, de readaptação entre nós, corpo docente e equipe pedagógica do Sesc e Senac, para depois levar tudo para sala de aula”, explicou a gerente de Educação Profissional do Senac Ceará, Letícia Lastri.

Um dos destaques da tarde foram as mesas redondas “Novos Modelos de Educação: O Que Esperar do Futuro?” e “Educação Profissional: A Formação para o Mundo do Trabalho”. Este tema teve a mediação de Andréa de Oliveira, analista pedagógica que está à frente do programa de diversidade e inclusão do Senac Ceará.

“Este momento é previsto no início do ano em nosso calendário, mas que teve de ser adiando ainda por conta da pandemia. São em eventos como estes que podemos trazer atualizações para nosso corpo docente, aqueles ligados ao mundo do trabalho, enquanto professores do Senac e para educação infantil e fundamental, enquanto professores do Sesc. Os saberes aqui se complementam”, conta Andréa.

Debatedor no evento, Rodolfo Sena, coordenador de Educação Profissional  da Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc), apontou alguns desafios para professores, alunos e suas famílias, com a retomada da educação, presencial, online e híbrida. Segundo ele, “ao longo da pandemia, muitas famílias se tornaram gestoras de sala de aula e o grande desafio é aprender como refazer, mas de outra forma, o que fizemos a partir de 2019. Muitos estudantes chegaram com problemas de ansiedade, impactando o processo de aprendizagem deles. A saúde ganhou um foco especial na sala de aula, não apenas para alunos, mas também para professores e gestores das escolas. De modo geral, todos estão tentando reaprender. O governo do estado fez grandes investimentos na parte tecnológica do ensino e agora realiza investimentos na parte do cuidado com a saúde, a partir das ações da secretaria de educação”.

Atentos às inovações e aprendizado estão os docentes do Senac e do Sesc, presentes no congresso, como a professora Edilene de Almeida, que atua no Ensino de Jovens e Adultos (EJA), do Sesc da Paranagaba: “O congresso é muito importante para renovação de nossas estratégias e de nossa vontade em continuar aprendendo, inclusive com nossos alunos. Os meus são em sua maioria de idosos e não tiveram a oportunidade de estudar. Estão nas comunidades onde o Sesc atua. É assim que eles estão aprendendo a ler, buscando o ingresso na sociedade”.

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